quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

mergulhando

Um mergulho ou a busca por um refresco momentâneo?
Prefiro o mergulho, com ele me movimento, nele vou muito além do refresco, nele posso sentir, ver, ouvir e explorar coisas novas. Às vezes no mergulho fico meio sem ar, isso é bem verdade, mas até essa sensação é algo que passa e quando passa percebo que posso respirar onde nem sabia que tinha ar. Ela passa junto com o susto.
Colocando só o pé na água fico apenas com a leve sensação de movimento. Sensação apenas, já que não saio do lugar, mas tento me beneficiar com aquele leve refresco e poderia até me contentar com ele...se eu já não soubesse o que o mergulho me traz.


E que vai muito além de um frescor.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Onde não queres nada, nada falta?

O querer aqui é de um muito, o querer agora é de um tudo.
 
O querer que, mais do que desejo, quer porque sente, porque se afina, porque reverbera...e uma vez que senti isso e sei até que teto o querer pode chegar, quero assim.
 
Não quero o que sobra, não quero o que escorrega por baixo da porta, o que acha que pode ser.
 
Quero o que transborda, o que ilumina e inunda, o que, de tanto querer, colore o que está em volta.
 
Não pela falta, e sim pelo movimento que o querer imprime às nossas vidas.
 
 
 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Vôo

A matrioska é a companhia, a parceira, que diz se é melhor ir por aqui ou por ali. Ela que pede para a cabeça descansar um pouco para que ela possa ouvir a voz do coração e, juntos, eles indicarem o caminho. A matri ganhou um vizinho e ajudante, que tira os pés dela do chão e, voando, vê tudo lá de cima sob outra perspectiva.


Porque ela aprendeu que depois do salto não vem a queda, mas sim o vôo!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

coração

Com algum trabalho, esforço e cuidado desenvolvi uma nova capacidade. É uma coisa que qualquer um pode fazer, mas eu duvidava muito, na verdade eu acho que eu não acreditava mesmo.
Eu agora falo com o coração.
Ele tem uma voz bonita, um hálito de alfazema, uma vontade de abraçar o mundo com as suas palavras e é de uma capacidade de entrega impressionante.
Alinhada, ancorada, afinada. Agora ouço, falo e sinto com esse mesmo órgão, multiplicando o amor nas sutilezas que lhe são peculiares.
Afinal, o coração é leve, assim como a vida também deve ser.



sexta-feira, 20 de setembro de 2013

nem sei.

                                                    Meio assim..inteira de outro jeito.


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

tem que confiar

Aprendi que a vida não se coloca embaixo do tapete para depois dar uma espiada, porque as tramas do tecido não a seguram para o depois. Aprendi também que o depois não existe, que o que se faz, faz agora, sente agora, vive agora.
A construção não pára nunca. E é no agora.
Aprendi também que tem que confiar para construir, para viver o agora.


E que o tapete não esconde nada, mas pode ganhar a exata forma que se quer para se esparramar em cima dele...

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A parte que me cabe neste latifúndio

Uma casa no meio de uma floresta linda, toda de vidro.


Um amor que une duas pessoas e que tem como resultado, no concreto, a construção dessa casa.


De vidro, com cheirinho de mato e de amor.






Antes: ouvir uma história dessas e achar um encanto, mas impossível, surreal, possível só no "mundo dos outros".
Agora: sentir como uma coisa possível, cheirosa, linda e real. Não tem mais abismo, não tem mais "mundo dos outros", tem sim o meu mundo crescendo tanto dentro de mim à ponto de caber no exato espaço desse mundo todo.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

um jeito, sem jeito.

Você não cabe em minha vida, apesar dela ter o seu formato.

(...)

O encontro com as idiossincrasias da vida faz com que a vida mesma se amplie, ganhe outra amplitude e se faça notar não como algo que tem um formato, mas sim, como algo que se faz para além de qualquer formato.
A forma não existe mais porque a fôrma também não. Sua fôrma não cabe mais na minha forma. Minha forma não é mais a sua.

(...)


O jeito do meu jeito.
A forma do meu jeito.
O seu jeito com o meu jeito.
Um jeito meio sem jeito.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Desconstrução

Daquilo que fui.

Daquilo que sou.

Daquilo que quero.

Daquilo que vejo.

Daquilo que sinto.

Daquilo que se faz.

Daquilo de que sou feita.


Daquela.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Bonecas Russas

As minhas muitas matrioskas, as de casa e a do corpo são todas variações de mim mesma. Pedaços de mim que se comportam, sentem e reagem de maneira muito diversa. Quando eu durmo, todas se organizam para planejar o próximo passo. Acho que uma parte delas quer me deixar miudinha, enquanto outras se esforçam para que a expansão continue. Desse jeito eu vou...às vezes avançando e outras com a sensação que retrocedo. Mas tô chegando a conclusão que, nesse ponto que estou, retrocesso não existe.
Difícil às vezes é respeitar o tempo e o movimento que as minhas meninas (as pequenas e as gandes) propõe pra mim.


                         Uma dentro da outra, todas numa só.



quarta-feira, 3 de abril de 2013

Inteira

Uma vida pra viver, dentro dela tantas outras. A riqueza da experiência individual e o aprendizado sobre o outro, justamente no estar só.
Olhar pra mim e nesse olhar ver todo mundo que me faz ser quem sou. Cada contribuição, cada olhar amoroso, cada pitaco, cada risada, cada choro e um tanto de outras coisas...mas perceber nisso tudo "o que me cabe nesse latifúndio", o que ressoa na minha individualidade e me ajuda na construção da minha inteireza.

Apesar de quê, inteira eu não quero ser nunca, pq aí fica sem graça ;)



terça-feira, 26 de março de 2013

Pergunte-me como.

                                 
Cada dia é um dia né? A proposta não é a de se guiar pelo presente, o aqui agora? Às vezes manter as rédeas disso não é tão fácil. Mas quem disse que o difícil é, necessariamente, o pior caminho?!



                                     Sem mais para o momento.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Modus operandi

Ainda me assusto com alguns movimentos do meu novo modus operandi.

- A ideia vem /

/normalmente me assusto inicialmente com essa ideia (tão diferente que é do modus operandi antigo) /

/no segundo seguinte ela parece fazer total sentido /

/no minuto seguinte ela é uma certeza absoluta /

/ato contínuo: a certeza tende a virar ação -








quarta-feira, 13 de março de 2013

Florescer

Eis que ontem isso cai no meu colo:

E chegou o dia em q o risco de continuar fechado em botão doía mais que o risco de florescer.

Isso que venho fazendo ao longo dos últimos tempos: buscando florescer. Nem sempre é fácil, aliás, não é fácil, mas os resultados parecem firmar um chão diferente para essa semente em expansão.
Mas não comecei o blog justamente divagando sobre o fato de não querer mais ter chão e, a partir justamente disso, construir novas estradas?

E quem disse que o chão dessa semente fica abaixo dos pés?


Um dia de cada vez.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Extremos que cansam.

A oscilação possível entre os extremos mais extremos. Da serenidade de um amor até a raiva cortante do mesmo amor. Há algo que não quer ser visto? O que falta?
Experimentar lugares e sensações nunca antes vividas. Não está lá, não está no outro, está em mim, mas é como se quisesse se esconder, trapaçear comigo mesma. Não quero mais trapaças, não quero mais sentir isso. Não adianta não querer, tem que futucar na ferida para enxergar o que se esconde. A raiva futuca, a raiva às vezes não cabe em mim, o que não impede que no dia seguinte a serenidade me visite e me permita sonhar e escrever palavras até bem pouco tempo atrás inimagináveis.


Palavras do 9, num dia 7.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ela.

Ela mora dentro de mim. Às vezes passa um tempo quieta, silenciosa, mas é especialista em ter medo quando o novo se apresenta.
Aqui fora as coisas se movimentam num tempo que é completamente diferente do dela. O tempo é dela e ela o percebe como bem entender.

Ela brinca, mas não tanto quanto seria o ideal. Fica quieta admirando a brincadeira dos outros, achando bonito, mas achando que isso não é para ela. Quando alguém a chama para sair do cantinho dela, ela responde: "depois!". Mas o depois no tempo dela é uma incógnita.

Falta alguma coisa para que esse depois vire agora? O quê, por tantos anos, permitiu que ela ficasse quieta, sem medo? Ou ela deixou o medo numa caixinha, bem guardado?

               No fundo ela sabia que ia ter que abrir a caixinha.

                         Ela, a minha menina, sempre soube.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Agora sim.

Um movimento que me diz que agora sim.

Agora sim mudei de lugar.
Agora sim a água que não parava de minar começou a secar.
Agora sim um novo começo me aguarda.
Agora sim posso ver o mundo de cabeça para baixo e achar bom.
Agora sim sorrio para fora e para dentro.
Agora sim me individualizei.
Agora sim estou no aqui e agora.
Agora sim eu assumo a alegria como um dom.
Agora sim em cada canto eu vejo o lado bom.


                             Agora sim eu posso voar!





segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

?

Respostas não tenho, planos muito menos. Tatear o sentimento exige um trabalho minucioso, atenção, cuidado e muita verdade. Pelo tato eu o alcanço? Onde mora o sentimento? Será que ele tem um espaço só dele? Se batermos nessa porta ele nos dá alguma resposta?
Eis que, como uma possível resposta, me vem uma frase de uma música de um amigo querido.

                "O amor não tem um quando, perambula por aí"

Não tem um quando...então não é tempo?...mas  é espaço?
Muita pergunta, pouca resposta. Outra lógica.
O que fazer do amor que sinto, que não tem casa, nem tem quando?



quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Miúda

Uma vez vi um episódio de House em que ele quase quebrava um dedo - de propósito - para ver se essa dor aplacava a dor crônica que ele tem na perna. Tudo muito explicado pela medicina e pela loucura de House.
Eis que essa semana, fazendo uma tatuagem, sentindo a dor que ela gera no corpo, senti como se esta parecesse abrandar a dor do coração.   
  
          Poucos minutos só. Uma sensação rápida. Um pensamento.

Daí que quando sinto dor me sinto miúda. Quando me sinto bem, pareço ser capaz de abraçar o mundo. Atualmente tô com preguiça do mundo, de abraço não.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Aqui e Agora

 

 

Mais uma vez sou levada a falar sobre o tempo...entretanto não mais sobre as nuances do tempo que passa, que deixa, que traz...mas sim do aqui e agora.
É possível viver plenamente o aqui agora? Diante dessa proposta, o que fazer com as cicatrizes do passado e ansiedade do futuro? Não sei se viver plenamente o aqui agora pressupõe deixar de lado o passado e o futuro...acho que dá sim para se fazer presente, fazendo as pazes com o passado e respeitando (não ansiando) o futuro.

                              Aqui, onde o olho mira
                           Agora, que o ouvido escuta
                          O tempo, que a voz não fala
                            Mas que o coração tributa
                                                      

No aqui e agora há o tempo do encontro e o tempo do desencontro. E, mesmo o desencontro, não significa necessariamente algo negativo. Um desencontro que permite que o tempo atue e reconfigure um novo futuro, resultado da soma das vivências reais do aqui e agora, da riqueza que o inesperado traz, do permitir que esse inesperado se faça presente.

                                    Aqui, longe, em Nova Deli
                                     Agora, sete, oito ou nove
                                     Sentir é questão de pele
                                      Amor é tudo que move
                                                            

                    Alegria por fazer parte do movimento do amor.


                               O melhor lugar do mundo é aqui
                                              E agora
                                O melhor lugar do mundo é aqui
                                              E agora
                                                                     (Gil)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Do amor.

Li há pouco no blog de uma grande amiga(http://shiruvanaescreve.blogspot.com.br/) a seguinte frase que ficou ecoando na minha cabeça:


O amor me trouxe aqui e por amor não sei para onde vou depois.


Mais do que na minha cabeça, ela ecoa no meu peito, bem aqui onde bate o coração, esse orgão tão vital para a nossa biologia, mas que fica apertado por coisas que vão muito além da nossa biologia...
A temática do amor me vem sendo muito cara nos últimos tempos...e vem ganhando uma dimensão muito mais ampla do que um dia supus que o amor pudesse ter para mim. O amor para mim hoje é de uma extensão sem fim, algo enorme, que abarca uma imensidão e que pode ser percebido e sentido muito além do que já imaginei.



Valorizar os detalhes, as nuances nunca antes vistas.

Valorizar o sentir, acima do pensar.




Assim o amor me leva, me empurra, me move.

Assim, o movimento do amor passa a fazer parte da minha vida, indo muito além do frágil controle que as vezes achamos que temos.

Assim, deixo esse controle de lado, permitindo que o inesperado passe a fazer parte da  minha vida.

Assim, a dança que dançamos no dia a dia da vida cotidiana vai entrando num ritmo mais natural, dentro do tom do amor.

www.youtube.com/watch?v=HR8Fz3sC9Bk


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Leve

E aí que a pessoa resolveu há alguns anos atrás que queria ser mais leve, ver e sentir a vida com mais leveza. Enganou-se ao fazer essa decisão racionalmente...esse não é o tipo estado que se alcança pela cabeça, pelo mental, com uma estratégia ricamente e inteligentemente traçada.

...


Os anos passam, a vida segue e a percepção lhe chega: "primeiro tem que se aprender a pensar e se deixar guiar pelo coração, a leveza vem como consequência". E, grande parte dessa leveza, vem da percepção que as coisas são muito mais fluidas e menos estanques do que lhe pareciam.

...


Leve que é, agora a pessoa quer voar, deixar a leveza se expressar não só nas suas atitudes e na maneira de encarar a vida, deixar a leveza se expressar em seu corpo.


Leve, como leve pluma
Muito leve leve pousa
Muito leve leve pousa...


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Tempo rei.

Percebo claramente como o tempo pode se apresentar e ser sentido de maneiras muito diferentes, ou melhor, que posso dar muitos sentidos ao tempo.
Um mês que dura um ano, uma semana que dura um dia, anos que duram uma vida. E, mesmo passando, o tempo não leva tudo, deixa muito.
O que foi,
                o que vem,
                                  o que fica,
                                                     o que morre,

                                                          tudo isso no espaço de um tempo.






sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Chão.

E aí que a pessoa resolve criar um blog.
E aí que ela não sabe muito bem o porquê disso.
Aí ela se dá conta que por isso mesmo ele deve existir: porque agora o que não faz tanto sentido faz parte do novo sentido que ela quer dar para a sua vida.
O chão lhe falta? Assim que ela vem preferindo, mesmo com o frio na barriga e o medo do desconhecido.

Pq ela se deu conta que faltar o chão faz com que novas estradas sejam criadas.

Assim começa o "a mesma, só que outra", sem chão, sem planos, mas com estradas a construir pela frente.