quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Miúda

Uma vez vi um episódio de House em que ele quase quebrava um dedo - de propósito - para ver se essa dor aplacava a dor crônica que ele tem na perna. Tudo muito explicado pela medicina e pela loucura de House.
Eis que essa semana, fazendo uma tatuagem, sentindo a dor que ela gera no corpo, senti como se esta parecesse abrandar a dor do coração.   
  
          Poucos minutos só. Uma sensação rápida. Um pensamento.

Daí que quando sinto dor me sinto miúda. Quando me sinto bem, pareço ser capaz de abraçar o mundo. Atualmente tô com preguiça do mundo, de abraço não.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Aqui e Agora

 

 

Mais uma vez sou levada a falar sobre o tempo...entretanto não mais sobre as nuances do tempo que passa, que deixa, que traz...mas sim do aqui e agora.
É possível viver plenamente o aqui agora? Diante dessa proposta, o que fazer com as cicatrizes do passado e ansiedade do futuro? Não sei se viver plenamente o aqui agora pressupõe deixar de lado o passado e o futuro...acho que dá sim para se fazer presente, fazendo as pazes com o passado e respeitando (não ansiando) o futuro.

                              Aqui, onde o olho mira
                           Agora, que o ouvido escuta
                          O tempo, que a voz não fala
                            Mas que o coração tributa
                                                      

No aqui e agora há o tempo do encontro e o tempo do desencontro. E, mesmo o desencontro, não significa necessariamente algo negativo. Um desencontro que permite que o tempo atue e reconfigure um novo futuro, resultado da soma das vivências reais do aqui e agora, da riqueza que o inesperado traz, do permitir que esse inesperado se faça presente.

                                    Aqui, longe, em Nova Deli
                                     Agora, sete, oito ou nove
                                     Sentir é questão de pele
                                      Amor é tudo que move
                                                            

                    Alegria por fazer parte do movimento do amor.


                               O melhor lugar do mundo é aqui
                                              E agora
                                O melhor lugar do mundo é aqui
                                              E agora
                                                                     (Gil)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Do amor.

Li há pouco no blog de uma grande amiga(http://shiruvanaescreve.blogspot.com.br/) a seguinte frase que ficou ecoando na minha cabeça:


O amor me trouxe aqui e por amor não sei para onde vou depois.


Mais do que na minha cabeça, ela ecoa no meu peito, bem aqui onde bate o coração, esse orgão tão vital para a nossa biologia, mas que fica apertado por coisas que vão muito além da nossa biologia...
A temática do amor me vem sendo muito cara nos últimos tempos...e vem ganhando uma dimensão muito mais ampla do que um dia supus que o amor pudesse ter para mim. O amor para mim hoje é de uma extensão sem fim, algo enorme, que abarca uma imensidão e que pode ser percebido e sentido muito além do que já imaginei.



Valorizar os detalhes, as nuances nunca antes vistas.

Valorizar o sentir, acima do pensar.




Assim o amor me leva, me empurra, me move.

Assim, o movimento do amor passa a fazer parte da minha vida, indo muito além do frágil controle que as vezes achamos que temos.

Assim, deixo esse controle de lado, permitindo que o inesperado passe a fazer parte da  minha vida.

Assim, a dança que dançamos no dia a dia da vida cotidiana vai entrando num ritmo mais natural, dentro do tom do amor.

www.youtube.com/watch?v=HR8Fz3sC9Bk


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Leve

E aí que a pessoa resolveu há alguns anos atrás que queria ser mais leve, ver e sentir a vida com mais leveza. Enganou-se ao fazer essa decisão racionalmente...esse não é o tipo estado que se alcança pela cabeça, pelo mental, com uma estratégia ricamente e inteligentemente traçada.

...


Os anos passam, a vida segue e a percepção lhe chega: "primeiro tem que se aprender a pensar e se deixar guiar pelo coração, a leveza vem como consequência". E, grande parte dessa leveza, vem da percepção que as coisas são muito mais fluidas e menos estanques do que lhe pareciam.

...


Leve que é, agora a pessoa quer voar, deixar a leveza se expressar não só nas suas atitudes e na maneira de encarar a vida, deixar a leveza se expressar em seu corpo.


Leve, como leve pluma
Muito leve leve pousa
Muito leve leve pousa...


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Tempo rei.

Percebo claramente como o tempo pode se apresentar e ser sentido de maneiras muito diferentes, ou melhor, que posso dar muitos sentidos ao tempo.
Um mês que dura um ano, uma semana que dura um dia, anos que duram uma vida. E, mesmo passando, o tempo não leva tudo, deixa muito.
O que foi,
                o que vem,
                                  o que fica,
                                                     o que morre,

                                                          tudo isso no espaço de um tempo.






sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Chão.

E aí que a pessoa resolve criar um blog.
E aí que ela não sabe muito bem o porquê disso.
Aí ela se dá conta que por isso mesmo ele deve existir: porque agora o que não faz tanto sentido faz parte do novo sentido que ela quer dar para a sua vida.
O chão lhe falta? Assim que ela vem preferindo, mesmo com o frio na barriga e o medo do desconhecido.

Pq ela se deu conta que faltar o chão faz com que novas estradas sejam criadas.

Assim começa o "a mesma, só que outra", sem chão, sem planos, mas com estradas a construir pela frente.