quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ela.

Ela mora dentro de mim. Às vezes passa um tempo quieta, silenciosa, mas é especialista em ter medo quando o novo se apresenta.
Aqui fora as coisas se movimentam num tempo que é completamente diferente do dela. O tempo é dela e ela o percebe como bem entender.

Ela brinca, mas não tanto quanto seria o ideal. Fica quieta admirando a brincadeira dos outros, achando bonito, mas achando que isso não é para ela. Quando alguém a chama para sair do cantinho dela, ela responde: "depois!". Mas o depois no tempo dela é uma incógnita.

Falta alguma coisa para que esse depois vire agora? O quê, por tantos anos, permitiu que ela ficasse quieta, sem medo? Ou ela deixou o medo numa caixinha, bem guardado?

               No fundo ela sabia que ia ter que abrir a caixinha.

                         Ela, a minha menina, sempre soube.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Agora sim.

Um movimento que me diz que agora sim.

Agora sim mudei de lugar.
Agora sim a água que não parava de minar começou a secar.
Agora sim um novo começo me aguarda.
Agora sim posso ver o mundo de cabeça para baixo e achar bom.
Agora sim sorrio para fora e para dentro.
Agora sim me individualizei.
Agora sim estou no aqui e agora.
Agora sim eu assumo a alegria como um dom.
Agora sim em cada canto eu vejo o lado bom.


                             Agora sim eu posso voar!





segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

?

Respostas não tenho, planos muito menos. Tatear o sentimento exige um trabalho minucioso, atenção, cuidado e muita verdade. Pelo tato eu o alcanço? Onde mora o sentimento? Será que ele tem um espaço só dele? Se batermos nessa porta ele nos dá alguma resposta?
Eis que, como uma possível resposta, me vem uma frase de uma música de um amigo querido.

                "O amor não tem um quando, perambula por aí"

Não tem um quando...então não é tempo?...mas  é espaço?
Muita pergunta, pouca resposta. Outra lógica.
O que fazer do amor que sinto, que não tem casa, nem tem quando?